Sífilis: o que é, quais são os sintomas e como se proteger

    Sífilis: o que é, quais são os sintomas e como se proteger

    17 may. 2022

    Embora seja uma infecção presente em todo o mundo, boa parte da população ainda desconhece o que é a sífilis. A falta de conhecimento sobre a doença faz com que muitas pessoas não saibam o que fazer para se proteger. Por ser uma doença infectocontagiosa, ela vem se disseminando bastante nos últimos anos.

    Somente em 2019, foram notificados mais de 152 mil novos casos no Brasil¹. Caso seja ignorada, a doença pode causar sérias consequências, inclusive, podendo levar à morte se não for tratada a tempo.

    Então, é preciso ter cuidado. Conhecer os principais sintomas da doença é importante e saber como se proteger é fundamental. Continue a leitura e confira as principais informações sobre a sífilis!

    O que é a sífilis?

    A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum². Após entrar no corpo humano, a bactéria pode se espalhar por todo o organismo, causando diversos danos.

    Quais são as formas de contágio?

    Por ser uma IST, seu contágio ocorre predominantemente por relação sexual. Contudo, ela também pode ser transmitida por meio de seringas contaminadas. Outra forma é o contágio vertical, que ocorre da mãe para o bebê, durante a gestação ou o parto.

    Quais são os sintomas da doença?

    A bactéria Treponema pallidum pode ser transmitida sobretudo pelo sexo ou diretamente da mãe para o bebê. No primeiro caso, chamamos de sífilis adquirida e, no segundo, de sífilis congênita. Os sintomas dependem bastante do estágio da doença, ou seja, variam conforme a fase da infecção, sendo elas: primária, secundária, latente ou terciária.

    Primária

    A fase primária surge entre 10 a 90 dias do contato com a pessoa infectada. Nesse estágio, é comum aparecer uma lesão única no local de entrada da bactéria — boca, vulva, vagina, ânus ou outros locais da pele — que pode vir acompanhada de ínguas na virilha.

    É uma ferida que não coça nem dói e costuma desaparecer sozinha sem tratamento. Por isso, muitas vezes, passa despercebida. Mas é durante essa fase que as bactérias se espalham por todo o corpo.

    Secundária

    Quando a bactéria não é combatida na fase primária, ela pode contaminar outras partes do corpo, se espalhando pela corrente sanguínea. Aí começa a fase secundária. Essa etapa ocorre entre 6 semanas a 6 meses após a lesão inicial.

    No estágio secundário, podem ocorrer manchas, que não coçam nem ardem. Elas podem aparecer em qualquer superfície do corpo, inclusive nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Outros sintomas que aparecem nessa fase são febre baixa, mal-estar, dor de cabeça e ínguas.

    Eles costumam durar algumas semanas. Após esse período, cedem espontaneamente e a doença entra na fase latente.

    Latente

    Após passar pelas fases primária e secundária, caso não seja tratado, o paciente entra em um período conhecido como estágio de latência. Durante essa etapa, não há sinais ou sintomas da doença, sendo uma fase assintomática.

    A duração dessa etapa é bastante variável, mas, normalmente, após 2 a 4 anos de latência da doença, o infectado não é mais considerado transmissor (com exceção para a transmissão vertical, de mãe para filho).

    Terciária

    A fase terciária é última etapa da doença e também a mais grave. Ela ocorre quando a bactéria começa a afetar o cérebro, os ossos e o coração, causando lesões neurológicas, ósseas e cardiovasculares. Devido à gravidade das lesões, pode ser fatal.

    Essa fase pode surgir a partir de 2 anos do início da infecção, mas também é possível demorar até 40 anos para se manifestar desse modo!

    Congênita

    Apesar de não ser uma fase de evolução da doença, é importante falarmos sobre a sífilis congênita. Nesse tipo, a bactéria é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto.

    Caso não leve ao aborto, pode causar problemas respiratórios, anemia, paralisia dos membros, cegueira, surdez, má formação, entre outros problemas para o bebê. Estima-se que, a cada ano, a sífilis congênita seja responsável pela morte de mais de 200 mil crianças³.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico da sífilis é feito por meio de um exame de sangue laboratorial de sorologia. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece um teste rápido — semelhante ao realizado para diagnóstico do HIV e AIDS — em que se colhe apenas uma pequena amostra de sangue por um furo no dedo4.

    Caso o resultado seja positivo, é fundamental testar os parceiros da pessoa infectada. Além disso, devido aos males que a doença pode causar na gestação, é recomendado que as gestantes realizem o exame — de sorologia ou o teste rápido — durante o pré-natal, idealmente em dois momentos: no primeiro e no terceiro trimestre.

    Qual é o tratamento?

    Embora seja uma doença com graves consequências, a sífilis requer um tratamento simples. Durante as fases primária e secundária, é preciso apenas a utilização da Penicilina Benzatina, um antibiótico da família das penicilinas. Sua aplicação é via intramuscular e a dose varia conforme o estágio da doença.

    Na fase terciária, como a bactéria já atingiu outras estruturas do corpo, é preciso um tratamento mais longo, como a aplicação do medicamento via intravenosa, que normalmente exige a internação do paciente. Cabe ressaltar que o medicamento também pode ser utilizado por grávidas e bebês.

    Como se proteger?

    Embora a sífilis seja uma infecção tratável e curável, ela não confere imunidade. Ou seja, é possível pegar a doença mais de uma vez. Por isso, é fundamental se proteger para não se reinfectar.

    Além disso, uma pessoa pode ter a doença e não saber. Afinal, a infecção pode aparecer e desaparecer, mas, ainda assim, continuar latente no organismo — o que demonstra ainda mais a necessidade de adotar boas práticas de prevenção.

    A única forma comprovadamente eficaz para evitar a transmissão da Treponema pallidum é usar camisinha durante as práticas sexuais, tanto na penetração — vaginal ou anal — quanto no sexo oral.

    A sífilis é uma IST com alto poder de transmissão. Embora a doença exija um tratamento simples, muitas vezes passa despercebida e pode atingir estágios mais graves. Por isso, a prevenção é fundamental. Use camisinha em todas as suas relações sexuais e vivencie momentos intensos de prazer sem abrir mão da segurança.

    Agora que você já conhece os principais sintomas da sífilis e sabe que usar camisinha é a forma mais eficaz de evitar a contaminação, proteja-se usando as camisinhas Jontex!

     

    Referências:

    1 Boletim Epidemiológico

    2 BVSMS/Ministério da Saúde

    ³ OMS/OPAS

    4 IFF/Fiocruz